Angola considera morte do Papa Francisco "duro golpe para o mundo"

O Presidente angolano, João Lourenço, manifestou hoje dor e tristeza pela morte do Papa Francisco e considerou tratar-se de um duro golpe para o mundo e uma imensa perda para os cristãos católicos.

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Lusa
21/04/2025 14:24 ‧ há 5 horas por Lusa

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Em mensagem de condolências, João Lourenço afirmou que os cristãos católicos viam nele uma das grandes esperanças na construção de um mundo mais justo e equilibrado.

 

Francisco "foi um líder comprometido com a paz, com a justiça social e com os desfavorecidos", lê-se na mensagem enviada ao cardeal Kevin Joseph Farrel, camarlengo do Vaticano.

Durante o seu pontificado, o Papa, que morreu hoje em Roma, "soube ser um intérprete sagaz das inquietações do mundo moderno, em face disso, pudemos ter tido o privilégio de o ver avançar em tomadas de posição corajosas que modificaram abordagens desajustadas do nosso tempo e atenderam mais cabalmente questões sobre a diversidade no seio da Igreja Católica", salientou João Lourenço.

Em novembro de 2019, João Lourenço foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano, tendo estado em destaque temas como as migrações, o comércio livre e a liberdade de expressão, segundo a presidência angolana.

O território angolano e a Santa Sé mantêm relações diplomáticas desde a chegada a Roma, em 1608 (século XVII), de António Manuel Nvunda, como primeiro embaixador do então Reino do Congo, tendo as relações diplomáticas entre os dois Estados sido formalizadas a 08 de julho de 1997.

A 13 de setembro de 2019, os dois Estados assinaram um Acordo-Quadro que contempla o reconhecimento por Angola da personalidade jurídica da Igreja Católica e a titularidade dos seus imóveis no país.

O Papa João Paulo II foi a mais alta entidade da Igreja Católica a visitar Angola, em 1992, mas o Papa Francisco tinha também manifestado essa vontade ", segundo revelou o núncio apostólico de Angola e São Tomé e Príncipe, Dom Giovanni Gaspari, em abril do ano passado, uma visita que ficou por concretizar.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Na mensagem, o chefe de Estado angolano endereçou ainda, em nome do executivo angolano, e em seu nome, ao Estado do Vaticano e aos fiéis da Igreja Católica em todo o mundo "as mais sentidas condolências" pela morte "desta insigne personalidade universal".

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

Leia Também: Católica expressa pesar e afirma compromisso com legado de Papa

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