Trump julga ter " um acordo" com a Rússia para acabar com a guerra

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esta quarta-feira que pensa ter um "acordo com a Rússia" para acabar com a guerra na Ucrânia, declarando que o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem sido um entrave às negociações.

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© Kevin Lamarque/Reuters

Lusa
24/04/2025 07:00 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

 "Temos de chegar a um acordo com Zelensky, mas até agora isso tem sido mais difícil", acrescentou à imprensa na Casa Branca, o Presidente norte-americano.

 

Em Washington, Donald Trump acusou o seu homólogo ucraniano de bloquear as conversações destinadas a pôr fim à guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

"Acho que tenho um acordo com a Rússia", disse o Presidente dos EUA.

Embora um acordo esteja "muito próximo" e tenha mesmo sido alcançado com Moscovo, as discussões estão a revelar-se "mais difíceis" com o chefe de Estado ucraniano, afirmou Trump.

A recusa de Kiev em aceitar as condições dos EUA para o fim do conflito "só vai prolongar a matança", avisou o republicano.

No centro desta tensão está a questão da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014 e segundo uma publicação de Donald Trump na sua rede social Truth, o território está "perdido" para a Ucrânia.

Trump avisou que Zelenky "pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro".

"Estamos muito perto de um acordo, mas este homem, que não tem as cartas na mão, tem de o concluir", adiantou.

"A Ucrânia agirá sempre de acordo com a sua Constituição, e estamos plenamente confiantes de que os nossos parceiros, e em particular os Estados Unidos, agirão de acordo com as suas decisões sólidas", escreveu Zelensky no Telegram, acrescentando que "nenhum país pode mudar as fronteiras de outro pela força".

Segundo o canal norte-americano CNN, que cita uma fonte diplomática, a proposta norte-americana que causou o impasse nas negociações inclui o reconhecimento da anexação da Rússia sobre a Crimeia, a par de um cessar-fogo ao longo das linhas de frente da guerra.

Qualquer iniciativa no sentido de reconhecer o controlo da Crimeia pela Rússia inverteria uma década de política norte-americana.

Na terça-feira, antes das conversações que estão a decorrer em Londres com representantes norte-americanos, europeus e ucranianos, Zelensky excluiu qualquer cedência de território ucraniano à Rússia num acordo.

"Não há nada para falar - é a nossa terra, a terra do povo ucraniano", afirmou Zelensky.

Trump criticou esta declaração", que considerou "muito prejudicial para as negociações de paz com Rússia".

"Declarações inflamadas como a de Zelensky" estão a dificultar a resolução da guerra, afirmou.

"A situação da Ucrânia é terrível - [Zelensky] pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país todo", escreveu Trump.

Os comentários foram feitos na sequência da redução do nível da próxima reunião em Londres sobre o conflito, com a ausência do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, disse que Rubio já não iria participar nas discussões com funcionários ucranianos, britânicos e europeus devido a "questões logísticas".

Citados pela CNN, um responsável norte-americano e dois diplomatas europeus próximos das negociações afirmaram que Rubio estará ausente pois a administração não sentiu estar num ponto decisivo nas conversações em curso.

Leia Também: Trump vai colocar duas bandeiras gigantes nos jardins da Casa Branca

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