Armindo Rodrigues, natural do Mindelo, onde nasceu a 10 de fevereiro de 1963, irmão do também jornalista cabo-verdiano Orlando Rodrigues, profissional da Rádio de Cabo Verde (RCV) e antigo colaborador da agência Lusa em Cabo Verde, foi encontrado morto no sofá da sala pela mulher e filho, que se tinham ausentado de casa.
As causas da morte estão ainda por apurar, embora a edição "online" do jornal A Semana adiante que o jornalista confrontava-se com frequentes crises cardíacas há vários anos.
Formado pela Escola de Jornalismo do Maputo, em meados da década de 1980, Armindo Rodrigues regressou a Cabo Verde para integrar a redacção do então semanário Voz di Povo, jornal entretanto extinto e onde trabalhou durante 10 anos, antes de emigrar para os Estados Unidos.
Atualmente, o cofundador da Associação de Jornalistas Cabo-Verdianos (AJOC) colaborava com vários órgãos de comunicação social, como o VisãoNews, Correio do Emigrante e Portuguese Times.
Num comunicado, a direção da AJOC refere hoje ter recebido a notícia "com muito pesar", salientando que, enquanto jornalista, Armindo Rodrigues se destacou como "profissional dedicado".
"Desempenhou com mestria e competência a profissão que abraçou, tendo das suas penas saído extraordinárias reportagens e crónicas retratando o dia-a-dia destas ilhas e o labor do povo cabo-verdiano em busca de uma vida melhor", lê-se na nota.
"Fundador da AJOC, Armindo Rodrigues foi uma referência nestes géneros e um exemplo a considerar pelas futuras gerações de profissionais da imprensa escrita e perdurará na nossa memória como homem culto, amigo dos seus colegas e um jornalista de corpo inteiro sempre fiel às suas convicções", acrescenta-se no documento.
A AJOC destaca ainda a "irreverência e dimensão humana" de Armindo Rodrigues, qualidades que fizeram dele um profissional "respeitado", sobretudo pelos seus pares, ao mesmo tempo que, com o seu trabalho, prestigiou a classe dos jornalistas cabo-verdianos.