"A culpa de estar viva é pesada". O relato de uma sobrevivente
Patience Carter é uma das sobreviventes do massacre de Orlando
© Reuters
Mundo Orlando
Patience Carter, de 20 anos, tinha chegado com duas amigas a Orlando, na noite anterior. Aos 20 anos, esta era a sua primeira vez na cidade. O Google deu uma ajuda quando pesquisaram pelas discotecas mais conhecidas das redondezas. A Pulse, na baixa da cidade, era uma das referências. E foram.
Patience falou na terça-feira, dois dias após o ataque, numa conferência de imprensa no Hospital da Florida, o mesmo hospital que, na madrugada de sábado para domingo, recebeu a maior parte das vítimas do ataque perpetrado por Omar Mateen, de 29 anos.
Estavam no interior da discoteca um minuto antes de o ataque começar, falaram sobre como iam voltar a casa. Uma das amigas tinha acabado de procurar solução na Uber quando Omar Mateen começou a disparar, ouve-se no relato de que o Wahsington Post dá conta.
Patience e uma das amigas, Akyra, conseguiram chegar à porta da discoteca quando ainda se ouviam tiros lá dentro. Mas a amiga Tiara não estava com elas. Voltaram lá para dentro.
Acabaram as três escondidas na casa-de-banho com muitas outras pessoas enquanto o atirador continuava lá dentro a disparar.
Os sobreviventes que estavam ali com Patience, que nesta altura já tinha sido baleada na perna, ouviram Omar a contactar o número de emergência 911 e a jurar lealdade ao Estado Islâmico.
Agora esta sobrevivente admite que “a culpa de estar viva é pesada”. Patience recorda entre choro a noite em que ela e e as duas amigas foram baleadas quando tinham saído para simplesmente se divertirem. A mais nova das três, Akyra Murray, de 18 anos, não sobreviveu.
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