Papa afirma que "mundo está em guerra", mas não de religiões
O papa declarou hoje, a bordo do avião com destino à Polónia, que "o mundo está em guerra", mas não de religiões, e sim "de interesses".
© Lusa
Mundo Francisco
"Quando falo em guerra, falo numa guerra de interesses, por dinheiro, pelos recursos da natureza, pelo domínio dos povos. Mas não é uma guerra de religiões. Todas as religiões querem a paz, são os outros que querem a guerra", afirmou Francisco, no início de uma visita de cinco dias à Polónia por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).
No atual momento de violência, a primeira palavra que surge é "insegurança, mas o verdadeiro termo é guerra", disse o papa, referindo-se ao assassínio do padre francês Jacques Hamel, de 85 anos, degolado num ataque reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra uma igreja nos arredores de Rouen, noroeste de França.
Mas o papa lembrou também a morte de muitos inocentes e não apenas na Europa.
"Há muito que o mundo está numa guerra fragmentada. Recordemos este santo padre que foi morto quando rezava por toda a Igreja. Ele é uma vítima, mas quantos cristãos, quantos inocentes, quantas crianças... Pensemos, por exemplo, na Nigéria", afirmou.
O papa também se referiu ao atual momento como uma guerra "não-orgânica", ou seja, não-declarada, mas "sim, organizada", esclareceu.
Sobre as JMJ, Francisco afirmou esperar que "os jovens dêem um pouco de esperança neste momento" ao mundo.
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