"Metade da localidade já não existe" e "há pessoas debaixo dos escombros", afirmou o autarca de Amatrice, Sergio Pirozzi, em declarações aos 'media'.
Sergio Pirozzi confirmou a existência de significativos desmoronamentos em vários edifícios e pontes que complicam o acesso ao local por parte das autoridades.
"Temos espaço para que venham helicópteros de socorro, mas a prioridade é desimpedir as ruas", afirmou, assinalando que "é difícil" agir, dado que estão "a trabalhar sem luz".
Por seu lado, o coordenador da Cruz Vermelha em Amatrice, Giussepe Pignoli, confirmou a queda de uma ponte na entrada da localidade, o que dificulta o acesso à zona.
"Ativámos o dispositivo de socorro da Cruz Vermelha. Há muitos danos, esperamos que não haja vítimas", disse.
A Proteção Civil também avançou que ocorreram colapsos parciais em outras três províncias da região de Marcas: Ascoli Piceno, Fermo e Macerata.
O terramoto, que ocorreu às 03:36 (02:36 em Lisboa), a sudeste de Norcia, cidade da província de Perugia, na região da Umbria, teve o epicentro a dez quilómetros de profundidade, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitoriza a atividade sísmica mundial.
O sismo foi seguido de diversas réplicas de 5,5 e 4,6 e 4,3, perto de Amatrice e de Norcia, e a principal, de 6, sentiu-se em Roma, a aproximadamente 150 quilómetros de distância.
O terramoto ocorreu muito perto de Aquila, onde um sismo de magnitude 6,3 causou, em 2009, mais de 300 mortos e devastou a região de Abruzos.