Ex-secretário de Estado da Guiné-Bissau libertado após uma semana preso

O ex-secretário de Estado dos Transportes e Comunicações da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, saiu hoje em liberdade após ter sido detido durante uma semana por ordem do Ministério Público.

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Lusa
24/08/2016 17:22 ‧ 24/08/2016 por Lusa

Mundo

Ministério Público

João Bernardo Vieira, detido pela Polícia Judiciária a 17 deste mês, dia em que completou 39 anos, disse, em declarações aos jornalistas que acredita na justiça divina.

"Sempre disse que o poder de Deus é maior que o dos homens", enfatizou o ex-governante, que estava com um enorme crucifixo católico no pescoço quando saiu da cela.

Afirmando-se crente em Deus, João Bernardo Vieira disse que tem sido perseguido "há mais de um ano" - por pessoas ou entidades que não especificou - mas que sempre se predispôs para provar a sua inocência perante a justiça, na qual também acredita.

O advogado do ex-governante, Carlos Pinto Pereira, disse que o seu constituinte desconhece qual a acusação formulada por parte do Ministério Público contra si e que este saiu em liberdade porque o Juiz de Instrução Criminal (JIC) do Tribunal de Relação de Bissau aceitou o pedido de 'habeas corpus' que interpôs.

O Ministério Público queria que o JIC confirmasse a prisão preventiva do ex-governante, enquanto estivesse a investigar um conjunto de suspeitas que alega penderem sobre João Bernardo Vieira durante a sua presença no Governo.

Entre as suspeitas, figura o processo de contratação da empresa de aviação privada portuguesa, EuroAtlantic, que liga a Guiné-Bissau a Portugal, liderado por João Bernardo Vieira, indicou à Lusa uma fonte judicial, mas que se recusou a adiantar pormenores das alegadas dúvidas.

O advogado Carlos Pinto Pereira notou que João Bernardo Vieira "vai aguardar tranquilamente em sua casa" pelas diligências futuras "estando totalmente disponível" para colaborar com a justiça para a descoberta da verdade sobre qualquer acusação, disse.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que João Bernardo Vieira é porta-voz, considera que o seu dirigente é alvo de perseguição por parte do Procurador-Geral da República, António Sedja Man e do Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.

O partido denuncia a existência de uma alegada lista com os nomes dos seus dirigentes, todos ex-governantes, que vão ser detidos, mas sem indicar de quem se tratam.

 

 

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