Governo antecipa ano lectivo de 2017 por causa do recenseamento

O Governo moçambicano anunciou hoje a antecipação do início do ano letivo de 2017 para 20 de janeiro, devido à de professores e alunos no Recenseamento Geral da População, a decorrer de 1 a 15 de agosto de 2017.

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Lusa
30/08/2016 18:53 ‧ 30/08/2016 por Lusa

Mundo

Moçambique

Falando hoje em conferência de imprensa, no final da sessão do Conselho de Ministros, o porta-voz do órgão, Mouzinho Saíde, afirmou que o ano letivo vai se iniciar a 20 de janeiro e não nos finais de fevereiro, como é habitual, e a decisão prende-se com o fato de que cerca de 80 mil professores e estudantes serão mobilizados para o IV Recenseamento Geral da População e Habitação.

Além do envolvimento de professores e alunos, a operação vai igualmente implicar a utilização de estabelecimento de ensino para a formação e acomodação dos agentes, incluindo o armazenamento dos materiais.

"Esta situação [o recenseamento] implica uma interrupção do ano letivo de 17 de junho a 20 de agosto, para a realização do censo, mas devendo as escolas garantir a ocupação das crianças com atividades pedagógicas", explicou o porta-voz.

Saíde, que é também vice-ministro da Saúde, acrescentou o calendário de férias dos professores, que seria entre dezembro de 2016 a janeiro de 2017, passará para 21 de julho a 17 agosto de 2017.

Normalmente, o ano letivo no país inicia-se em finais de fevereiro.

O último Recenseamento Geral da População e Habitação em Moçambique foi realizado em 2007 e na altura o número de habitantes apurado foi de 20,3 milhões de pessoas e a projeção feita na altura apontava para mais de 25 milhões até 2017.

Ainda na sessão de hoje, o Conselho de Ministros analisou a informação sobre os eventos climáticos, no período entre 08 a 28 de agosto, não tendo registado ocorrências preocupantes.

Segundo Mouzinho Saíde, entre março e agosto, receberam assistência humanitária devido às calamidades naturais mais de um milhão de pessoas nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, sul, e Manica, Sofala, Tete e Zambézia, centro do país, devido à seca.

O governo, prosseguiu Saíde, desembolsou de 103 milhões de dólares (92 milhões de euros) para ações de mitigação do efeito das calamidades naturais, incluindo seca e cheias.

No total, 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela seca no centro do país e pouco mais de um milhão no sul.

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