Agente duplo de Taiwan condenado a prisão por espionagem à China

Um tribunal taiwanês condenou um antigo funcionário dos serviços secretos a 18 anos de prisão por trabalhar como 'agente duplo' e espiar a China.

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Lusa
23/09/2016 07:30 ‧ 23/09/2016 por Lusa

Mundo

Serviços secretos

Wang Tsung-wu foi condenado na quinta-feira pelo Supremo Tribunal de Taiwan por envolvimento em espionagem bem como violação das leis nacionais de segurança e inteligência.

O tribunal não divulgou mais informação, alegando restrições relacionadas com a segurança nacional.

Segundo a imprensa local, Wang foi alegadamente 'convertido' pela China quando foi para lá enviado como agente secreto do Gabinete dos Serviços Secretos Militares de Taiwan.

Wang espiou a mando de Pequim durante mais de uma década, segundo a imprensa.

O homem foi recrutado pela China em 1995 e passou informação confidencial antes de se reformar em 2005. Wang também recrutou o coronel reformado Lin Han em 2013 para ajudar a recolher informação, de acordo com o jornal de Hong Kong Apple Daily.

Lin viajou para Singapura e para a Malásia para se encontrar com agentes chineses e transmitiu informação sobre as identidades de agentes do gabinete de Taiwan e as suas missões, segundo o jornal de Taipé Liberty Times.

Wang recebeu cerca de 90 mil dólares e Lin cerca de 70 mil pela informação que passaram.

Lin foi condenado a seis anos de prisão por violar as leis nacionais de informação, segundo o tribunal.

Taiwan e China espiam-se mutuamente desde que se separaram em 1949, no final da Guerra Civil. Pequim ainda encara a ilha como parte do seu território que será reunificada, por via de força, se necessário.

Em 2011, um general do exército que liderava a unidade de informação foi condenado a prisão perpétua por espionagem na China. Essa pena foi aplicada apesar da aproximação entre Taiwan e a China, sob a liderança do Presidente Ma Ying-jeou.

No início deste ano, um homem chinês foi condenado a quatro anos por recrutar um antigo major-general e outros militares por espiarem Pequim. O major-general recebeu uma pena de dois anos e dez meses.

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