Wang Tsung-wu foi condenado na quinta-feira pelo Supremo Tribunal de Taiwan por envolvimento em espionagem bem como violação das leis nacionais de segurança e inteligência.
O tribunal não divulgou mais informação, alegando restrições relacionadas com a segurança nacional.
Segundo a imprensa local, Wang foi alegadamente 'convertido' pela China quando foi para lá enviado como agente secreto do Gabinete dos Serviços Secretos Militares de Taiwan.
Wang espiou a mando de Pequim durante mais de uma década, segundo a imprensa.
O homem foi recrutado pela China em 1995 e passou informação confidencial antes de se reformar em 2005. Wang também recrutou o coronel reformado Lin Han em 2013 para ajudar a recolher informação, de acordo com o jornal de Hong Kong Apple Daily.
Lin viajou para Singapura e para a Malásia para se encontrar com agentes chineses e transmitiu informação sobre as identidades de agentes do gabinete de Taiwan e as suas missões, segundo o jornal de Taipé Liberty Times.
Wang recebeu cerca de 90 mil dólares e Lin cerca de 70 mil pela informação que passaram.
Lin foi condenado a seis anos de prisão por violar as leis nacionais de informação, segundo o tribunal.
Taiwan e China espiam-se mutuamente desde que se separaram em 1949, no final da Guerra Civil. Pequim ainda encara a ilha como parte do seu território que será reunificada, por via de força, se necessário.
Em 2011, um general do exército que liderava a unidade de informação foi condenado a prisão perpétua por espionagem na China. Essa pena foi aplicada apesar da aproximação entre Taiwan e a China, sob a liderança do Presidente Ma Ying-jeou.
No início deste ano, um homem chinês foi condenado a quatro anos por recrutar um antigo major-general e outros militares por espiarem Pequim. O major-general recebeu uma pena de dois anos e dez meses.