O Ruanda é um dos países africanos onde o líder político é o mesmo há décadas.
Paul Kagame está no poder desde 1994, altura em que, apoiado por forças militares, contribuiu para pôr fim a um genocídio que custou a vida a cerca de 800 mil pessoas.
De então para cá, a vida no Ruanda até mudou mas já este ano houve notícias vindas a público do desaparecimento de alguns críticos do regime.
É então que entra em cena a visita turística de uma família britânica, que incluiu um curioso tweet ao presidente sobre a ditadura. E um que obteve resposta do próprio presidente.
A história é contada pelo Independent, que revela o tweet da britânica Wendy Murphy, de 56 anos, que estava de féria em Kigali,no Ruanda, no passado mês de outubro, quando foi ao Twitter e perguntou ao próprio Paul Kagame, através da plataforma, o seguinte:
“Estamos muito impressionados com o seu país. O que é que diz a quem pensa que os seus métodos são ditatoriais?”.
Ora as críticas em redes sociais não são novidade, nos mais diversos países. Menos comum é o homem acusado de ser ditador responder diretamente. Mas foi o que aconteceu na conta oficial do presidente do Ruanda na plataforma.
“Sinta-se à vontade para andar pelo país a perguntar… e decidir em que é que acredita. O que é que acha dos que dizem o oposto”, respondeu Paul Kagame (ou alguém autorizado pelo próprio), no Twitter.
@WendyMSkorupski Feel free to go all around the country asking ...and decide what to believe! What do you think of those who say the opp.?
— Paul Kagame (@PaulKagame) October 22, 2016