"São os comunistas que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade em que os pobres, os débeis e os excluídos é que decidem. Não os demagogos, os Barrabás, mas o povo, os pobres, tenham fé em Deus ou não, mas são eles que temos de ajudar a obter a igualdade e a liberdade", afirmou o papa, na entrevista.
Francisco disse esperar, por isso, que os movimentos cívicos entrem na política.
"Não na politiquice, nas lutas de poder, no egoísmo, na demagogia, no dinheiro, mas na alta política, criativa e de grandes visões", salientou.
O papa evitou falar, ao jornal, sobre o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e assegurou que, em relação aos políticos, só lhe interessa "os sofrimentos que a sua maneira de agir podem causar aos pobres e aos excluídos".
Francisco disse que a sua maior preocupação é o drama dos refugiados e imigrantes e reiterou que é necessário "abater os muros que dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar".
"E para isso é necessário derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades e dar mais liberdade de direitos", concluiu.