Angola atingiu "ponto de saturação"

O presidente da UNITA, o maior partido da oposição angolana, afirma que as próximas eleições gerais, previstas para 2017, vão decorrer num momento em que o país "atingiu o seu ponto de saturação".

Notícia

© Lusa

Lusa
04/12/2016 10:23 ‧ 04/12/2016 por Lusa

Mundo

UNITA

A posição foi transmitida por Isaías Samakuva, no sábado, ao discursar em Luanda para os membros da comissão política, de acordo com informação enviada hoje à Lusa pelo partido.

"Todos sabem que a única saída é a mudança do regime. Por isso, o resultado desta eleição só pode ser a vitória da soberania nacional, a vitória da vontade nacional de mudança. Porém, nem todos estão a compreender isso. O povo soberano deve estar consciente mais consciente de que o voto do cidadão é a expressão da soberania nacional", disse Samakuva.

A comissão política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) reuniu-se no sábado, um dia depois de o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde 1975, ter aprovado, em reunião do comité central, o nome do general João Lourenço, atual ministro da Defesa, para liderar a lista do partido às eleições gerais de 2017.

Esta decisão representará a saída da vida política de José Eduardo dos Santos, como o próprio anunciou em março, ao fim de quase 40 anos de poder em Angola.

"As eleições gerais de 2017 ocorrem num momento em que o país atingiu o seu ponto de saturação", afirmou, por seu turno, o presidente da UNITA.

"E se a Nação angolana for capaz de garantir eleições livres, democráticas e transparentes, a vontade soberana do povo prevalecerá, o que facilitará sobremaneira a mudança do regime de partido-Estado para o regime democrático", acrescentou Samakuva.

Numa altura em que decorre o registo eleitoral, conduzido pelo Ministério da Administração do Território, o líder da UNITA apelou ao partido para estar atento a alegadas irregularidades neste processo.

"Temos de analisar porque é que de um lado nos falam da necessidade de processos transparentes e do outro lado as irregularidades continuam e aumentam. Porquê é que de um lado nos falam de melhorar o nível de vida das nossas populações, mas do outro lado a pobreza no seio das comunidades a pobreza aumenta", criticou Samakuva.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas