O estudo sobre os hábitos migratórios de aves marinhas prevê que uma diminuição de 23 a 40 por cento das suas principais áreas de alimentação possa levar a um declínio em 70 por cento da população de aves.
Realizado por uma equipa do programa nacional australiano de investigação ambiental, o estudo indica que algumas áreas já registaram preocupantes perdas de população de 30 a 80 por cento, segundo a agência France Presse.
“Todos os anos, milhões de aves marinhas param em zonas húmidas costeiras para descansar e se alimentarem à medida que migram da Rússia e do Alasca para o sudeste da Ásia e para a Australásia”, disse o investigador Richard Fuller, daquele programa.
Fuller adiantou que se descobriu que algumas daquelas zonas húmidas são muito vulneráveis à subida do nível do mar e podem desaparecer nas próximas décadas.
“Se as aves já não puderem parar naquelas zonas para ‘reabastecer’, não conseguirão completar a viagem até ao local de nidificação”, explicou Fuller.
Os cientistas estudaram as zonas húmidas ao longo das rotas de migração no Alasca, Rússia, China, Coreia do Norte e do Sul, Japão, Filipinas, Vietname, Tailândia, Malásia, Indonésia, Papua Nova Guiné, Austrália e Nova Zelândia.
Entre as espécies mais vulneráveis encontram-se o Fuselo, o Pilrito, o Borrelho de Anadyr, o cavaleiro da Sibéria e a tarambola Red Knot, indica o estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society.