O diplomata europeu fez a sugestão durante um seminário no Parlamento guineense, organizado pela Comissão Nacional de Eleições, para apresentar os relatórios dos últimos atos eleitorais, de 2014, e preparar o próximo ciclo eleitoral.
A Guiné-Bissau deve realizar as próximas eleições legislativas, de acordo com o calendário regular, em 2018 e as presidenciais um ano depois.
Vitor Madeira dos Santos sugeriu que tendo em conta que na Guiné-Bissau a época das chuvas ocorre entre os meses de junho e outubro, o melhor seria que as eleições fossem realizadas antes desse período, defendeu.
"Dadas as condições climáticas que imperam nessa época, bom seria, como em 2014, que o escrutínio tivesse lugar em abril/maio de 2018. A preparação atempada evitaria criar vazios políticos ilegais ao fazer coincidir a posse da nova Assembleia com o término da atual", observou o diplomata europeu.
Segundo disse, o mandato da atual Assembleia (Parlamento) deve terminar a 17 de julho de 2017, altura em que se completariam quatro anos desde a tomada de posse dos atuais deputados.
Vítor Madeira dos Santos reafirmou a disponibilidade da UE em apoiar a administração eleitoral e "possivelmente" os próximos atos eleitorais, mas alertou para a necessidade de os preparativos serem iniciados atempadamente.
Alertou para o facto de os doadores internacionais terem mecanismos "complexos e morosos" que poderiam atrasar o desbloqueamento dos fundos caso estes não forem pedidos em tempo oportuno.
"Seria importante que as solicitações de apoios fossem apresentadas aos doadores o mais rápido possível se quisermos ter uma preparação atempada do próximo ciclo eleitoral", defendeu Vítor Madeira dos Santos.