Presidente da Guiné-Bissau defende regresso de ex-dirigentes políticos

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou hoje que defende o regresso ao país dos antigos dirigentes que tenham fixado residência no estrangeiro devido às questões políticas, disse à Lusa o líder de um movimento cívico.

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Lusa
04/04/2017 16:34 ‧ 04/04/2017 por Lusa

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O compromisso do chefe de Estado foi assumido hoje durante um encontro com representantes do movimento que luta pelo regresso de vários antigos dirigentes que fixaram residência no estrangeiro, sobretudo em Portugal, disse o líder, o ex-ministro do Interior Fernando Gomes.

Entre os ex-dirigentes nestas condições, encontra-se Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro, cujo Governo foi destituído por um golpe militar em abril de 2012.

O movimento cívico liderado por Fernando Gomes tem vindo a contactar as autoridades guineenses dando conta da vontade de ver regressados ao país os ex-dirigentes e ainda informar sobre uma petição pública lançada desde janeiro.

O coordenador do movimento diz ter recebido a indicação de adesão de José Mário Vaz à causa com a alegação de que "nenhum dirigente ou cidadão da Guiné-Bissau tem o direito de proibir o regresso ao país de qualquer guineense" que esteja no estrangeiro.

Segundo o responsável, o Presidente guineense prometeu que irá trabalhar sobre o pedido apresentado pelo movimento no sentido de as autoridades atuais garantirem a segurança para o retorno dos antigos dirigentes residentes no estrangeiro e logo que tenha uma solução irá convocar novamente aquele movimento.

Depois de ter sido recebido pelo líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, o movimento vai agora encontrar-se, na quinta-feira, com o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, com os mesmos propósitos.

De seguida terá encontros de trabalho com partidos políticos, confissões religiosas, representantes da sociedade civil e as chefias militares.

"Queremos falar com todas as pessoas que assumem alguma responsabilidade neste país", notou Fernando Gomes, que considera inaceitável que qualquer cidadão seja obrigado a residir fora do seu país por questões políticas.

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