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"Durante essa visita nós iremos assinar uma série de acordos, um acordo mãe de cooperação geral com a China e depois acordos particulares para projetos específicos em setores específicos", disse o primeiro-ministro, que só regressa ao país no dia 22 de abril.
Patrice Trovoada deixou hoje o país com destino a Portugal, de onde partirá para Pequim na segunda-feira, chefiando uma delegação que integra os ministros dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Urbino Botelho, e das Finanças, Comércio e Economia Azul, Américo Ramos.
Patrice Trovoada reconhece que "há uma grande expectativa" na cooperação com este novo parceiro, depois de São Tomé e Príncipe ter cortado relações com Taiwan.
"É verdade que existe uma grande expectativa, mas eu quero voltar a frisar uma questão é que nós somos um país extremamente dependente do exterior e não temos o controlo daquilo que não está no nosso controlo, que é exatamente o exterior", disse o primeiro-ministro antes de deixar o país.
"Eu digo isso para que as pessoas procurem sempre ter essa atitude de que é melhor contar primeiro connosco próprios, é preciso termos uma gestão extremamente prudente e cautelosa do país", acrescentou.
No entanto, Patrice Trovoada destacou "a vontade política" do parceiro chinês em cooperar com o seu país.
"Ajudar-nos, sobretudo, no domínio das infraestruturas, mas fundamentalmente ajudar-nos a sermos cada vez mais autossuficiente e termos cada vez mais controlo do nosso desenvolvimento", explicou.
"Essa visita agora à China marcará um passo importante, um passo histórico nas nossas relações bilaterais, mas um passo também importante no que diz respeito ao desenvolvimento económico de São Tomé e Príncipe sobretudo no domínio que toca as infraestruturas", acrescentou.
No final do ano passado, São Tomé e Príncipe cortou relações com Taiwan (República da China) e restabeleceu os laços diplomáticos com a China Popular.
Na sua política diplomática, os chineses exigem que os seus parceiros diplomáticos reconheçam somente a China Popular.