Todos concordam combater alterações climáticas, menos um. Adivinha quem?

Os dirigentes do G7 reconheceram hoje a incapacidade para encontrar um terreno de entendimento com os Estados Unidos sobre a luta contra o aquecimento climático, indicou uma fonte da presidência francesa.

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Lusa
27/05/2017 12:59 ‧ 27/05/2017 por Lusa

Mundo

Aquecimento global

Segundo a mesma fonte, esta observação fará parte da declaração final da cimeira do G7 em Taormina, Sicília (Itália).

"Os Estados Unidos estão atualmente a reavaliar a política climática. Os outros seis países do G7 reafirmam os seus compromissos [a favor dos acordos de Paris] tendo em conta esta posição norte-americana", afirmou o representante da delegação francesa ao G7.

Fontes europeias confirmaram igualmente que o comunicado final não incluirá uma posição comum entre os Estados Unidos e os outros seis membros do G7.

O ambiente e o comércio internacional constituem os dois grandes pontos de divergência entre os Estados Unidos e os parceiros do G7 (Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Itália e Japão), reunidos desde sexta-feira em Taormina.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, que tinha advertido antes o G7 de que não determinaria a sua posição senão após esta cimeira, não mudou de posição, apesar das insistências dos outros seis dirigentes a favor do acordo de Paris, adiantou a mesma fonte.

O Eliseu recusa falar em "fracasso", mesmo reconhecendo que "isto não é uma fórmula ideal".

O acordo de Paris, concluído em novembro de 2015, visa conter o aquecimento climático "bem abaixo de 2ºC, face aos níveis pré-industriais", e constituiu um sucesso diplomático histórico.

Os Estados Unidos estão a estudar sair de determinados domínios do acordo e rever em baixa o nível de compromisso, segundo a fonte francesa.

Sobre outro assunto delicado do G7, o comércio, os franceses esperam que o comunicado final faça uma referência explícita ao sistema multilateral e à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Donald Trump, que defende um certo nacionalismo económico para favorecer o "made in America", decidiu no final de abril "reexaminar" todos os acordos comerciais assinados pelos Estados Unidos, incluindo o da OMC, para lutar contra as "violações e abusos" que estes permitem segundo o Presidente dos Estados Unidos.

Desde a chegada ao poder, a administração Trump criticou o sistema de regulação dos conflitos da OMC, instrumento chave para evitar as guerras comerciais, e terá mesmo, segundo a imprensa norte-americana, pensado simplesmente em ignorar as suas decisões, tendo chegado a ameaçar as próprias funções da OMC.

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