"Pressionei duramente o Presidente Putin, em duas ocasiões, sobre a ingerência russa nas nossas eleições. Ele negou-o veementemente. Eu já dei a minha opinião", escreveu Donald Trump na rede social Twitter, após a primeira reunião com o seu homólogo russo, que durou mais de duas horas, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
No voo de regresso de Hamburgo, na Alemanha, no sábado, onde decorreu a cimeira do G20, a Casa Branca não quis desmentir as afirmações de Putin, que disse que o Presidente dos Estados Unidos da América deu por boas as explicações do Kremlin de que nada tinha a ver com tentativas de interferir nas últimas eleições norte-americanas.
Trump tem sistematicamente desvalorizado as acusações de interferência da Rússia no resultado das eleições, visando prejudicar as opções da candidata presidencial democrata Hillary Clinton, que defendiam a manutenção de isolamento de Moscovo, como fez o anterior presidente dos EUA, Barack Obama, em questões como a Ucrânia ou a Síria.
Donald Trump, que no passado mostrou sua admiração por Putin e que tem mantido relações mais próximas com líderes autoritários, disse sentir-se "honrado" por se reunir com o Presidente russo, enquanto o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, assegurou que falou de uma forma assertiva e longa sobre a suposta interferência nas eleições norte-americanas.
"Negociámos um cessar-fogo para partes da Síria que irá salvar vidas. Agora é o momento de avançar com um trabalho construtivo com a Rússia", anunciou hoje Trump no Twitter, que durante o G20 confirmou o seu isolamento a que foi vetado por outros membros, em matéria de mudança climática e comércio.