O regime de Pyongyang indicou que está a desenvolver uma arma nuclear mais avançada com “enorme poder de destruição” e que o líder, Kim Jong Un, esteve a inspecionar a integração de uma bomba de hidrogénio num míssil balístico intercontinental, um míssil de longo alcance desenvolvido para carregar armas nucleares.
A informação é avançada pela agência de notícias coreana KCNA, citada pela AFP, que explicou que “o poder de uma bomba de hidrogénio é ajustável a centenas de quilotoneladas e pode ser detonada a altitudes elevadas”.
O mesmo meio de comunicação divulgou uma fotografia de Kim junto a uma suposta 'bomba H', como é conhecida a bomba de hidrogénio, acompanhado por cientistas nucleares e altos oficiais do Departamento da Indústria de Munições do Partido Central dos Trabalhadores, apesar de, como é habitual, não ter dado detalhes sobre o local nem a data do acontecimento.
O líder norte-coreano "expressou o seu grande orgulho por reforçar as forças nucleares" e por comprovar como o regime Juché (a ideologia oficial norte-coreana de autossuficiência) "consegue desenvolver uma arma explosiva termonuclear com os seus próprios esforços e tecnologia", segundo a KNCA.
Os cientistas norte-coreanos "melhoraram o rendimento técnico" do explosivo, superando o nível da primeira bomba H testada pelo país asiático, acrescentou a mesma agência.
Em janeiro do ano passado, a Coreia do Norte detonou no interior das suas galerias subterrâneas o que assegurou ser uma bomba de hidrogénio, mas análises posteriores revelaram que se tratou de um artefacto menos potente que uma 'bomba H'.
Além disso, no início de julho, o regime realizou dois ensaios com mísseis balísticos intercontinentais, a que se seguiram outras provas com projéteis de menor alcance, o último dos quais na terça-feira passada, que sobrevoou território japonês.
#BREAKING North Korea's Kim inspects H-bomb missile warhead: KCNA
— AFP news agency (@AFP) 2 de setembro de 2017
Este novo desenvolvimento pressupõe uma maior capacidade de alcance da armas nucleares norte-coreanas podendo até, de acordo com algumas publicações, alcançar os Estados Unidos. Recorde-se que a Coreia do Norte já levou a cabo cinco testes nucleares desde 2006, incluindo dois no ano passado.