"Hoje o presidente Puigdemont levou a sua comunidade autónoma ao maior período de incerteza da sua história", começou por dizer Soraya Sáenz de Santamaría, vice-presidente do governo espanhol, numa declaração aos jornalistas feita esta terça-feira, poucas horas após a sessão plenária em que o presidente regional anunciou a Catalunha como "um estado independente em forma de República" mas dentro de uma "solução concertada".
A governante indicou que, nesta senda, foi convocado um conselho de ministros extraordinário para amanhã, quarta-feira, às 9h (8h em Lisboa), onde vai ser decidido se será ou não aplicado o artigo 155.º da Constituição, que permite a suspensão da autonomia do governo regional e transfere os poderes para o governo central.
"Nem o senhor Puigdemont nem ninguém pode tirar conclusões de uma lei que não existe, de um referendo que não se produziu", reforçou Santamaría na curta declaração de menos de cinco minutos à comunicação social.
El Presidente del Gobierno @MarianoRajoy ha convocado un #CMin extraordinario mañana a las 9h para tratar lo sucedido hoy en Cataluña
— Sáenz de Santamaría (@Sorayapp) 10 de outubro de 2017
"É o discurso de uma pessoa que não sabe onde está, para onde vai nem com quem quer ir", foi como Soraya Sáenz de Santamaría se referiu à intervenção de Carles Puigdemont.
Enquanto a governante prestava estas declarações, Mariano Rajoy reuniu com vários representantes dos partidos com assento parlamentar para discutir a situação do governo autónomo catalão.