Apesar da condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores (PT) garante que não vai baixar os braços e promete lutar pelo “direito inalienável de votar em Lulapara presidente da República”.
Numa nota publicada no seu site, Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, denuncia um julgamento “com votos claramente combinados dos três desembargadores”, no que constitui “uma farsa judicial”.
“Confirma-se o engajamento político-partidário de setores do sistema judicial, orquestrado pela Rede Globo, com o objetivo de tirar Lula do processo eleitoral”, afirmou Hoffmann, que garante que “a democracia e a vontade da maioria sejam mais uma vez desrespeitadas”.
“O plano dos golpistas esbarra na força política de Lula, que brota da alma do povo. Esbarra na consciência democrática da grande maioria da sociedade, que não aceita uma condenação sem crime e sem provas, não aceita a manipulação da justiça com fins de perseguição política”.
Nesse sentido, o PT afirma que o “dia 24 de janeiro de 2018 marca o início de mais uma jornada do povo brasileiro em defesa da Democracia e do direito inalienável de votar em Lula para presidente da República”, dando a entender que não vai desistir da dura batalha na justiça para que o ex-presidente ainda possa concorrer.
Esta quarta-feira, Lula da Silva foi condenado pelos três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em segunda instância, a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Devido à lei da Ficha Limpa, esta decisão impossibilita, à partida, a candidatura de Lula da Silva às eleições de outubro. No entanto, apesar de ser praticamente impossível, o ex-presidente vai continuar a batalha nos tribunais, recorrendo da decisão desta quarta-feira, com o objetivo de conseguir apresentar a sua candidatura. O prazo termina a 15 de agosto e, em último análise, tudo está nas mãos do tribunal superior eleitoral.