"Ela vai escrever-lhe um telegrama em breve [...] e penso que nessas felicitações, naturalmente, vai estar a questão dos desafios das relações germano-russas", disse à imprensa Steffen Seibert, citando nomeadamente "a Ucrânia, a Síria".
As declarações do porta-voz constituem uma das primeiras reações ocidentais à reeleição de Vladimir Putin para a presidência russa, no domingo, com mais de 76% dos votos.
Pouco antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Mass, afirmou que a Rússia de Putin vai "continuar a ser um parceiro difícil", mas considerou que é necessário "manter o diálogo" sobre as grandes crises internacionais.
"Supomos que a Rússia vai continuar a ser um parceiro difícil, mas a Rússia também é precisa para a resolução dos grandes conflitos internacionais", disse.
Heiko Mass, que falava à chegada a uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) em Bruxelas, explicou que Berlim quer "continuar a dialogar", mas espera "contribuições construtivas da Rússia", "mais do que aconteceu no passado recente".
"O resultado da eleição na Rússia surpreendeu-nos tão pouco como as circunstâncias desta eleição. Não podemos certamente falar de uma disputa política equitativa", disse o ministro, acrescentando considerar "inaceitável" a realização da votação na Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo.
Vladimir Putin, há 18 anos no poder, venceu as presidenciais de domingo com 76,7%, segundo resultados quase totais divulgados hoje.