Os serviços secretos norte-americanos e britânicos, CIA e MI6 respetivamente, estão em conversações avançadas para que seja dado asilo e novas identidades ao ex-espião russo Sergei Skripal e à sua filha Yulia nos Estados Unidos.
Na semana passada, Sergei e Yulia começaram a recuperar a consciência, cerca de um mês depois de terem sido intoxicados com um agente nervoso – novichock -, num caso que ganhou enormes repercussões a nível internacional, gerando trocas de acusações entre a Rússia e o Ocidente.
O Reino Unido acusa Moscovo de ser responsável pelo envenenamento do ex-espião, acusações negadas pela Rússia, que responsabiliza serviços de inteligência estrangeiros. Dezenas de diplomatas, russos e de países ocidentais, foram expulsos, o que tem gerado um clima de tensão comparável aos tempos da Guerra Fria.
À medida que Skripal e a sua filha vão recuperando, diz o The Sunday Times, Estados Unidos e Reino Unido começam a tratar do processo de asilo político. Depois de Yulia ter recusado falar com as autoridades russas sobre o envenenamento, a sua permanência em Londres poderá ter os dias contados e um regresso à Rússia está fora de questão.
Por isso, diz o mesmo jornal, o futuro de pai e filha pode passar pelos Estados Unidos, onde, para além do asilo político, terão também direito a novas identidades.
“O sítio mais óbvio para se instalarem é na América, porque lá têm menos possibilidades de serem assassinados e seria mais fácil protegê-los com uma nova identidade”, afirmou uma fonte anónima do MI6 ao The Sunday Times.