Depois das duas tragédias relacionadas com incêndios que tiveram lugar no ano passado, em junho e outubro, foram tomadas várias medidas para evitar que algo com uma magnitude semelhante se repita.
Uma das medidas implantadas diz respeito às mensagens escritas que os cidadãos em zona de risco vão receber em caso de perigo e foram estas mensagens que, esta quarta-feira, fizeram notícia.
O jornal i avançou com a informação de que as mensagens que a operadora MEO está a testar haviam sido enviadas, por engano, para os cidadãos. Mais. As mensagens em causa apenas tinham escrito: “Fogooooooooo fujam”.
Fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil disse ao Notícias ao Minuto não ter conhecimento de tais mensagens, admitindo, porém, que “faz sentido que tenham ensaiado os testes entre eles”, da mesma forma que a Proteção Civil levará a cabo na próxima sexta-feira e sábado cabo um exercício, com 850 elementos, que visa testar a resposta operacional numa "situação excecional" de um incêndio florestal.
Durante este exercício será evacuada a aldeia de Aziboso, no concelho de Cinfães, em Viseu, sendo que também vão ser testadas as "novas redundâncias do sistema SIRESP".
Relativamente ao conteúdo da mensagem, a mesma fonte da Proteção Civil deixou claro que não será esse a ser enviado às populações.
“Esta frase não faz sentido nenhum. Garanto-lhe que não é esta”, disse a mesma fonte, sem adiantar, contudo, quais foram as palavras escolhidas para serem enviadas nas mensagens de alerta.
“Fogooooooooo fujam” certamente não será, até porque só lançaria o “pânico entre as pessoas”.
O Notícias ao Minuto questionou a Altice relativamente a esta questão, mas até à hora de fecho da edição de quarta-feira ainda não havia recebido as respostas solicitadas.
Recorde-se que no próximo dia 1 de junho, tal como anunciado pelo Governo, entrará em vigor um novo sistema de alerta através de SMS que é o resultado de uma parceria entre as várias operadoras a atuar em Portugal e a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
As mensagens escritas serão enviadas às populações em zonas de risco quando houver um incêndio que possa representar um perigo real para a integridade física dos cidadãos