O braço-de-ferro entre professores e Ministério da Educação, a propósito da reposição do tempo de serviço dos docentes, parece não ter fim.
Os sindicatos que representam os professores entregaram hoje, no Ministério da Educação, uma carta aberta a pedir a convocação para uma reunião com o objetivo de negociar com a tutela.
Depois de entregar a missiva, Mário Nogueira falou aos jornalistas, sublinhando a “disponibilidade” dos professores para negociar com o ministro.
No entanto, acusa o secretário-geral da Fenprof, quem está a falhar é Tiago Brandão Rodrigues. “Não vale a pena o ministro da Educação dizer ‘n’ vezes que quer negociar se depois não convoca as reuniões”, referiu, lembrando que quem tem o poder de as convocar é o Ministério e não os sindicatos.
“O senhor ministro tem mandado recados de que está disponível para negociar e nós viemos aqui, hoje, dizer ‘estamos aqui’. Caramba, viemos aqui dizer que não mandamos recados. Passem das palavras aos atos e convoquem-nos”, atirou o secretário-geral da Fenprof, acusando a tutela de ter perdido a oportunidade criada hoje com entrega da carta para agendar uma reunião.
Em jeito de conclusão, Mário Nogueira garantiu que “o que é importante não é fazer greve, é resolver o problema”, algo que parece não ser a vontade do ministro, insinuou: “Falta saber se o ministro quer mesmo [negociar] ou se está só a empatar”.