Questão do ensino de inglês é "tempestade num copo de água"

O ministro da Educação apelidou hoje de “tempestade num copo de água” a questão do ensino do inglês no primeiro ciclo, “que nunca foi obrigatório” nessa fase de escolarização e cujo ensino passa para decisão das escolas.

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Lusa
18/09/2013 20:00 ‧ 18/09/2013 por Lusa

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Crato

“O inglês nunca foi obrigatório no primeiro ciclo, foi de oferta obrigatória nas atividades de enriquecimento curricular do primeiro ciclo, que não eram obrigatórias. Havia atividades que ofereciam inglês, neste momento essas atividades podem também oferecer o inglês, tal como no próprio currículo do primeiro ciclo pode estar englobado o inglês”, explicou Nuno Crato aos jornalistas.

Segundo o ministro é essa a mudança trazida por um decreto-lei por si assinado e que está a levantar polémica. O PS já pediu a presença de Nuno Crato no Parlamento para explicar “a decisão de acabar com a obrigatoriedade do inglês no primeiro ciclo”.

O ministro explicou que as escolas é que vão agora decidir se querem ou não continuar com o inglês e se lhe querem dar outro destaque. Há, disse, “um progresso”, porque se antes o inglês estava integrado em atividades de fim de tarde e não obrigatórias “agora pode ser integrado na oferta curricular”.

É que, adiantou, se há maior autonomia das escolas na oferta curricular, em conjunto com pais e municípios, “é evidente que as decisões têm de ser tomadas pelos próprios”. E depois, acrescentou em resposta a dúvidas dos jornalistas, antes das mudanças o ensino do inglês já tinha uma densidade, uma qualidade e um grau de exigência muito variado.

“Nós não mexemos no inglês, damos liberdade às escolas para fazerem o que quiserem”, frisou Nuno Crato, acrescentando que a língua está a ser destacada com esta medida, deixando de ser “algo secundário” para alunos da tarde.

A prova de inglês do 9.º ano, disse ainda, terá o peso que os professores entenderem, se para contar para nota ou se apenas como prova de diagnóstico para corrigir deficiências.

Nuno Crato falava aos jornalistas após participar numa reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, um órgão de consulta do governo criado no ano passado e que é presidido pelo primeiro-ministro, que participou na reunião mas que não prestou declarações.

De acordo com o ministro da Educação foi debatida nomeadamente a necessidade do envolvimento da comunidade científica “para a concretização do que tem a ver com o apoio comunitário à ciência, e a integração da ciência portuguesa na ciência europeia e mundial”.

O Conselho foi criado no ano passado e tem-se reunido de dois em dois meses em média. Tem por missão “aconselhar o Governo em matérias transversais de ciência e tecnologia, numa perspetiva de definição de políticas e estratégias nacionais, de médio e longo prazo”, como explica a página oficial do organismo na internet.

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