"Não é possível estas situações ocorrerem no mesmo concelho, há 15 anos, com mais de 50 queixas apresentadas nas autoridades competentes e com muitos outros casos que temos conhecimento em que não foram apresentadas queixas", referiu Bruno Vitorino, em comunicado.
No documento divulgado hoje, o vereador avança que nos últimos 15 anos "mais de 50 mulheres apresentaram queixa às autoridades por terem sido agredidas" no Barreiro, distrito de Setúbal, e que os crimes são "da autoria da mesma pessoa, que está perfeitamente identificada".
O suspeito encontra-se atualmente no Centro Hospitalar do Barreiro Montijo, onde tem sido "internado compulsivamente na unidade de psiquiatria", segundo a concelhia do PSD.
"A verdade é que o indivíduo já esteve internado muitas vezes e ao sair volta a cometer o mesmo tipo de agressões. Um indivíduo assim constitui um perigo para a sociedade e nunca foi encontrada uma solução definitiva para o caso", defendeu Bruno Vitorino.
O vereador lembrou ainda que, na última reunião da Assembleia Municipal, em 29 de outubro, várias jovens agredidas relataram o "clima de terror" em que vivem, além das "consequências físicas e psicológicas que perduram".
Para o vereador, este caso é uma "falha no sistema" que precisa de ser colmatada e, por isso, defende que a Câmara Municipal do Barreiro "tem de ajudar a encontrar uma resposta".
Neste sentido, Bruno Vitorino apelou ao presidente do município, Frederico Rosa, que reúna com urgência o Conselho Municipal de Segurança para que, dentro das suas competências, seja possível "ajudar a resolver este problema" e a identificar "a falha que possa ter acontecido".
Em declarações à agência Lusa, fonte do Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Setúbal não conseguiu confirmar se as agressões já duram há 15 anos, dado que nesse período ainda não se efetuavam registos informáticos, mas avançou que, pelo menos desde 2012, existem "várias dezenas de queixas".
Aquela autoridade revelou também que o homem "já foi internado compulsivamente", mas que "é sempre dada alta médica".