Há "45 minutos por explicar. Nunca foram 2 horas", diz Proteção Civil

Para o presidente da comissão distrital da Proteção Civil do Porto, esses 45 minutos têm de ser "cabalmente explicados".

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Filipa Matias Pereira
16/12/2018 14:12 ‧ 16/12/2018 por Filipa Matias Pereira

País

Porto

Este domingo está a ser marcado pelas informações contraditórias relativas ao alerta para a queda do helicóptero do INEM e o momento em que foi dado início à operação de resgate.

De acordo com a NAV, entidade pública empresarial que garante a prestação dos serviços de tráfego aéreo, pelas 18h55 a torre de controlo perdeu o contacto com a aeronave, sendo que pelas 19h20 terá tentado contactar, sem sucesso, os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) do Porto, Braga e Vila Real.

O contacto, de acordo com a NAV, só foi conseguido junto do CDOS de Coimbra que terá passado a informação ao Porto. Marco Martins, presidente da comissão distrital da Proteção Civil do Porto nega essas informações em declarações aos jornalistas em Valongo. “A informação que temos não confirma isso [informações da NAV], mas tem de ser apurado por quem de direito e em sede própria”.

Como frisou o porta-voz da Proteção Civil, o CDOS do Porto foi informado pelas 20h15, via comando nacional, que por sua vez foi alertado pelas 20h09. E nessa altura foram então acionados os bombeiros voluntários de Valongo. Marco Martins afirma ainda ter falado já este domingo com o comandante de Coimbra que “nega o contacto da NAV”.

Já questionado relativamente ao alerta dos populares pela linha 112, a mesma fonte indica que foi recebida uma chamada pelas “18h45 e esta foi transferida para a GNR”. Dado o alerta, foi encaminhada às “19h17 uma patrulha da GNR de Campo”, mas que não conseguiu obter nenhuma informação.

Para Marco Martins há “45 minutos por explicar. Nunca foram 2 horas”. Considerando que a “última comunicação do helicóptero foi às 18h39 e que o alerta ao comando nacional chegou as 20h09, dista 1h30”. É necessário aqui “descontar o tempo em que a Força Aérea e a NAV dão de tolerância para falta de comunicações porque nestas regiões as aeronaves voam a baixas altitudes. É dada meia hora de tolerância. Mas os 45 minutos têm de ser cabalmente explicados”.

Neste momento já foram removidos do teatro de operações dois corpos e espera retirar-se os outros dois ao longo deste domingo.

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