O autarca de Borba, António Anselmo, que já havia manifestado satisfação relativamente à decisão do Conselho de Ministros de avançar com indemnizações às famílias das cinco vítimas mortais da derrocada na pedreira, disse esta sexta-feira sentir-se “orgulhoso de o Estado ter atuado como Estado”.
Recusando comentar as alegadas responsabilidades da Câmara de Borba no acidente, António Anselmo sublinhou que a decisão do Governo “foi a melhor possível” e que o “Estado não deve faltar a ninguém”.
“Ainda bem que o Estado atuou como Estado. Como português fico orgulhoso de o Estado ter atuado como Estado”, afirmou em declarações à RTP, aproveitando para agradecer ao Conselho de Ministros e, “principalmente” ao Presidente da República.
O autarca está “convencido” de que, entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, “chegou-se à conclusão de que era o caminho mais certo”.
Quanto às responsabilidades da autarquia, que já saberia dos problemas daquela estrada desde 2014, o autarca limitou-se a manter aquela que tem sido sempre a sua posição: “Que corram as investigações e a seguir apuraremos quem são os culpados ou não”.
Perante a insistência da jornalista, António Anselmo deixou no ar que o destino pode já estar traçado: “Sabemos exatamente o que vai ser feito depois de terminar o inquérito”, referiu, enfatizando: “Neste momento não digo mais nada em relação a isso”.
“[Estou] Feliz por ser português e o Estado português ter assumido ser Estado. Relativamente ao resto esperamos e veremos quem são os culpados”, reafirmou.