Sindicato vai processar ministros das Finanças e do Ensino Superior

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) vai processar os ministros das Finanças e do Ensino Superior por incumprimento da norma que obriga à publicação anual conjunta de um despacho que estabelece o valor para aumentos salariais.

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Lusa
06/02/2019 10:30 ‧ 06/02/2019 por Lusa

País

SNESup

"Nós vamos avançar com uma ação judicial contra o ministro das Finanças e o ministro do Ensino Superior por incumprimento da lei. Os estatutos da carreira docente preveem que o ministro das Finanças e o ministro do Ensino Superior façam um despacho conjunto a dizer qual a verba disponível para os aumentos", disse à Lusa o presidente do SNESup, Gonçalo Leite Velho.

A ação judicial é hoje anunciada também no parlamento, onde o sindicato será ouvido pela comissão de Educação e Ciência a propósito das progressões na carreira docente do ensino superior e daquilo que consideram ser a falta de clareza nos critérios de progressão, que estão a levar a situações díspares, por vezes dentro de uma mesma instituição, com diferenças entre faculdades de uma mesma universidade, ou entre escolas de um mesmo politécnico.

Em causa está o facto de em algumas instituições ter sido possível aplicar o sistema de pontos que permite progressões quando acumulados 10 pontos -- e que é o critério usado na generalidade da administração pública - e noutras - a maioria - apenas tenha sido possível progredir mediante a obtenção em seis anos consecutivos da menção qualitativa 'Excelente', bastando um ano de interrupção com uma nota inferior, (mesmo que seja 'Muito Bom'), para inviabilizar qualquer avanço na carreira.

O sindicato quer que o sistema de pontos possa ser aplicado a todos os professores do ensino superior, considerando que seria a solução mais justa para as disparidades que existem atualmente.

O presidente do SNESup entende que esse despacho conjunto, que o sindicato diz estar em falta nos últimos dois anos, ajudaria também a resolver a questão das progressões, podendo ser ele próprio um instrumento de clarificação.

A ação judicial está ainda a ser preparada e deverá ser entregue nos tribunais "em breve", adiantou Gonçalo Velho.

 

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