No dia em que foi publicada em Diário da República a portaria que determina a requisição civil dos enfermeiros e em que entrou em vigor de forma imediata, a ministra da Saúde, Marta Temido, sublinhou em declarações aos jornalistas que este foi um dia "tranquilo" em quatro hospitais - O Centro Hospital e Universitário de São João, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.
A responsável pela pasta da Saúde voltou a explicar o motivo pelo qual o Governo decidiu recorrer à requisição civil e referiu que desde o dia 31 de janeiro foram adiadas 1.600 cirurgias.
"Esta opção foi decidida porque os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos em alguns hospitais. Verificando-se o incumprimento dos serviços mínimos decidiu o Governo e depois aplicou a ministra da Saúde uma requisição civil proporcional aos incumprimentos, ou seja só abrangeu alguns dos hospitais onde já se tinham verificado incumprimentos nos serviços mínimos", referiu Marta Temido.
Garantido que o Governo está "tranquilo relativamente aos fundamentos da requisição civil", a ministra disse "desconhecer" a intenção dos sindicatos dos enfermeiros de avançarem com uma intimação para contestarem a requisição civil.
"Teremos de esperar que sejam concretizadas essas notícias para podermos responder", frisou Marta Temido.
A requisição vai estar em vigor até dia 28 deste mês.