O Tribunal Metropolitano de Budapeste decide esta terça-feira se o hacker Rui Pinto vai ser extraditado para Portugal. O hacker já teve a oportunidade de se dirigir à juíza e disse que teme pela sua vida se for extraditado.
"Não me envie para Portugal. É uma questão de vida ou de morte", afirmou Rui Pinto, de acordo com a SIC Notícias.
O hacker frisou ter recebido ameaças de morte e considera que "não será julgado de forma justa em Portugal". Realçou que as autoridades portuguesas não mostraram interesse desde 2015 em chamarem-no para colaborar como 'whistelblower' (a expressão inglesa para denunciante).
Nesta altura a sessão no tribunal encontra-se interrompida e Rui Pinto respondeu a algumas questões dos jornalistas, demonstrando a sua preocupação com o estado da justiça em Portugal e com a sua segurança caso seja extraditado.
"Vocês sabem o que se está a passar, não sabem? Perguntem a 10 milhões de portugueses se Portugal é um país seguro. Se é um país justo, com uma justiça justa", referiu.
Questionado sobre se estaria disposto a colaborar com o Ministério Público se lhe fosse dada garantia de proteção em caso de extradição, o hacker disse que "duvida que exista vontade do Ministério Público em considerar essa hipótese".
Sobre o seu envolvimento no roubo dos emails do Benfica, Rui Pinto considera que "essa tentativa de colagem que existiu do roubo dos emails ao Football Leaks é completamente ridícula" e acrescentou que "o caso do Benfica é um exemplo de como a justiça em Portugal é inexistente".
Rui Pinto está acusado pela justiça portuguesa de seis crimes relacionados com o acesso e divulgação de emails do Benfica.
[Notícia atualizada às 10h31]