A Rádio Renascença recupera hoje uma história que se iniciou há dois anos, quando a EMEL decidiu construir duas rotundas sem saída no Cais do Sodré, que impediam a circulação na Avenida de Brasília, e obrigavam os automobilistas a entrar num parque de estacionamento da empresa e a pagar 40 cêntimos. Só desta forma era possível voltar a sair para a Avenida de Brasília.
Depois de denunciada a situação, deixou de ser pago o estacionamento mas a circulação mantinha-se condicionada. Ou seja, continuava a ser necessário entrar no parque para contornar as tais rotundas.
Agora já é novamente possível circular no local sem restrições mas, revela a Rádio Renascença, a EMEL gastou, pelo menos, 25 mil euros dos contribuintes a desfazer a obra.
Num futuro ainda longínquo, explica o vereador da mobilidade da autarquia de Lisboa, Nunes da Silva, as rotundas vão existir mas só depois de construídos micro túneis para ligar a Avenida D. Carlos I à Avenida de Brasília.
"Felizmente as pessoas ainda conseguem perceber os disparates, e a Câmara de Lisboa decidiu, por unanimidade, repor a situação”, afirma o vereador Nunes da Silva, esclarecendo ainda na antena da Rádio Renascença que a EMEL, quando avançou com o parque de estacionamento pretendia "poupar, e fazer já o que estava previsto no projecto futuro" mas “esqueceu-se que esse projecto" só vai estar concluído daqui a meia dúzia de anos.
E, uma vez que, a circulação limitava os automobilistas, a EMEL foi obrigada por decisão da autarquia, a desfazer a obra.