Parece que a pequena Matilde conquistou o coração dos portugueses. Os donativos para ajudar a menina, de dois meses, diagnosticada com atrofia muscular espinhal de tipo I, mais que duplicaram em apenas um dia.
A informação foi dada pelos pais, na página de Facebook Matilde, uma bebé especial.
“Já atingimos os 394.833 euros, caminhamos milhões de passos cada vez mais perto do sonho de ver a nossa bebé correr, saltar, crescer saudável, sem depender de máquinas para viver. Num dia conseguimos cerca de 228 mil euros. Vocês são fantásticos. Estamos muito gratos por todo o apoio, ajuda, eventos que estão a organizar, palavras de carinho”, agradeceu o casal nas redes sociais.
Apesar do aumento de donativos e da solidariedade demonstrada nos últimos dias pelo caso, ainda faltam cerca de 1,5 milhões de euros para o medicamento de que a bebé Matilde precisa para sobreviver. Os donativos podem ser feitos na conta solidária cujo NIB foi disponibilizado na página de Facebook Matilde, uma bebé especial.
Matilde foi internada, na tarde desta quarta-feira, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com problemas respiratórios, e lá permanece. De acordo com os pais, a febre continua, apesar de estar “mais calma”. A menina está a fazer antibiótico e está ligada à máquina de ventilação assistida para ver se o seu estado de saúde melhora.
Recorde-se que, a única esperança de Matilde sobreviver e conseguir ter uma vida “normal” está num novo fármaco, apenas autorizado nos EUA, que se chama Zolgensma. Além de a família ter de se deslocar a este país, o medicamento custa cerca de 2 milhões de euros.
Evelyn sobreviveu com o medicamento de que Matilde precisa
Evelyn Villarreal é uma menina norte-americana de quatro anos que tem uma infância normal, mas nem sempre foi assim. Quando tinha apenas oito semanas de vida, a menina foi diagnosticada com a mesma doença rara que agora afeta a pequena Matilde.
Quando nasceu, estava a ser realizado um estudo clínico, em Ohio, com o Zolgensma e os pais, que já tinham perdido uma filha com a mesma doença, não tiveram dúvidas em levar a filha ao laboratório a fim de realizar o tratamento com o medicamento, considerado o mais caro do mundo, explica a revista Science Mag.
O tratamento correu bem e Evelyn é hoje uma criança sem problemas de maior. Não tem tanta força nas pernas como as crianças da idade dela, consegue divertir-se e brincar com os amigos.