Por unanimidade, o parlamento aprovou um voto de condenação e pesar apresentado pelo PS pelos atentados terroristas ocorridos em 27 de junho na capital da Tunísia, que causaram a morte de um polícia e feriram 8 pessoas, entre as quais 6 polícias e 2 civis, reivindicados pelo autoproclamado estado islâmico.
"Estes ataques são mais um exemplo dos seus métodos desumanos que merecem uma absoluta condenação de todos os que respeitam a dignidade e a liberdade humana. Estes ataques são também dirigidos à própria democracia, num país em que o regime democrático se tem vindo a consolidar nos últimos anos, num contexto de instabilidade regional", refere o voto.
Também aprovado, com a abstenção do BE, foi um voto de condenação e pesar apresentado pelo CDS-PP pela situação humanitária no Mediterrâneo.
No texto, exprime-se o pesar do parlamento pelas 584 mortes de migrantes registadas até ao momento no Mar Mediterrâneo, condenam-se todas as visões radicais que impedem o auxílio humanitário legítimo, expressa-se o apoio à defesa da cooperação europeia e reforço dos mecanismos da União para o combate às redes ilegais de tráfico de seres humanos e reitera-se a importância da cooperação e de promoção da paz como forma estrutural de contenção destes fluxos.
Aprovado foi ainda um voto de condenação do BE pela tentativa de criminalização pelas autoridades italianas da capitã do navio humanitário "Sea Watch 3", a alemã Carola Rackete, alargando a preocupação à situação vivida pelas organizações não governamentais (ONG) no Mediterrâneo.
"Carola Rackete foi detida no passado dia 29 de junho por ter atracado o navio humanitário Sea Watch 3 no porto italiano de Lampedusa, salvando, assim, 42 migrantes que haviam sido resgatados da costa da Líbia e que estavam há 17 dias a bordo do navio", recorda o voto do BE, aprovado com abstenção do PSD e do CDS-PP.
O texto condena a tentativa de criminalização de Carola Rackete e repudia as acusações que lhe foram imputadas, condena a decisão do Governo italiano em negar o desembarque dos refugiados do navio Sea Watch e apela ao fim da perseguição e criminalização das ONG que se dedicam a resgatar e a salvar vidas humanas no Mar Mediterrâneo.