Uma tourada em Coruche, na noite de sábado, acabou com dois cavaleiros e dois forcados feridos, além de um cavalo, cuja gravidade dos ferimentos levaram a que tivesse de ser abatido.
Um dos cavaleiros feridos, João Moura Jr. diz que aquela noite, em Coruche, foi a pior vivida na sua carreira “enquanto cavaleiro, homem e amante de animais”.
“Perdi um companheiro com que trabalho há quase 10 anos, todos os dias, e com o qual criei fortes laços e sentimentos que sei que eram mútuos”, desabafa, numa publicação feita nas redes sociais.
O cavaleiro relata que, montado no Xeque-Mate, os dois foram “violentamente” colhidos e derrubados pelo touro. “O Xeque-Mate fez uma fractura exposta na pata direita. As hipóteses caíam sobre o mais difícil e seguiram-se as recomendações do Médico Veterinário, de maneira a eliminar o seu sofrimento e assim garantir o seu bem estar”, explica.
Quanto ao seu estado, João Moura Jr. fez um corte interno e externo no lábio inferior e sofreu “uma forte pancada” na cabeça que o deixou atordoado, tendo sido levado para a enfermaria onde levou oito pontos e, seguidamente, transportado para o hospital de Santarém.
“Na verdade”, prossegue numa longa dedicatória ao seu cavalo, “são sequelas das quais recuperarei, em poucos dias, se Deus quiser. Neste momento, as piores feridas estão por dentro”.
Os forcados João Ventura e Luís Fera e a cavaleira Ana Batista também sofreram ferimentos em momentos distintos da tourada que pretendia homenagear o bandarilheiro coruchense, Manuel Badajoz, que morreu em março de 2018.