O número de feridos causados pelos incêndios de Castelo Branco este fim-de-semana subiu para 20. O novo balanço foi revelado por Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, em declarações aos jornalistas a partir da sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa.
Dos 20 feridos, oito são bombeiros e 12 são civis. Apenas uma das vítimas se encontra em estado grave. Trata-se do civil que está internado na unidade de queimados do Hospital de São José, em Lisboa. Eduardo Cabrita referiu que o prognóstico desta vítima é reservado.
O ministro esclareceu ainda que a maioria dos feridos deve-se a inalações de fumos, entorses e a um acidente rodoviário.
Eduardo Cabrita deu conta de que o incêndio de Vila de Rei, o único que ainda não foi dominado em Castelo Branco, registou uma evolução. "A progressão em Vila de Rei terá sido travada", disse.
Admitindo que "estes incêndios tiveram condições meteorológicas muito difíceis, condições orográficas que foram favoráveis à sua projeção muito rápida", mas referiu que há outras circunstâncias que vão ser investigadas pelas autoridades.
"Foi apontada por todas as entidades do local, pelos autarcas, pelos comandantes dos bombeiros, uma estranheza. Como é que começam entre as 14h30 e as 15h30 cinco incêndios de dimensão significativa numa zona muito próxima? Essa estranheza foi transmitida desde o início", salientou o ministro.
Tal como já tinha sido frisado no briefing da Proteção Civil desta manhã, também Eduardo Cabrita afirmou que o SIRESP "tem estado totalmente operacional".
O ministro da Administração Interna adiantou que o primeiro-ministro António Costa "foi constantemente informado do que estava a acontecer" e explicou que não vai estar presente no teatro de operações, seguindo assim "as recomendações da Comissão Técnica Independente", na sequência dos incêndios de 2017.
[Notícia atualizada às 12h12]