A poucos dias da segunda greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, o principal rosto desta luta foi associado ao Partido Democrático Republicano, tendo sido noticiado que seria o cabeça-de-lista por Lisboa do partido de António Marinho e Pinto.
O líder do PDR não confirmou, nem desmentiu a notícia, o que levou o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas a pronunciar-se sobre o tema.
Na antena da SIC Notícias, Francisco São Bento revelou que Pardal Henriques lhe “confirmou o convite para fazer parte da lista desse partido”.
No entanto, adiantou o responsável, o vice-presidente do sindicato “desmente que aceitou o convite”.
O arranque da greve dos motoristas está agendado para a próxima segunda-feira. Tendo em conta o que sucedeu em abril passado, aquando da primeira paralisação destes trabalhadores, desta vez o Governo preparou-se e, na quarta-feira, decretou a crise energética que entrou em vigor às 23h59 de sexta-feira.
Na conferência de imprensa, que juntou os ministros do Trabalho e do Ambiente e o secretário de Estado das Infraestruturas, foram anunciados serviços mínimos que vão dos 50 aos 100%, tendo sempre por referência as necessidades sentidas em agosto do ano passado.
Este sábado poderá haver uma reviravolta, uma vez que os sindicatos de motoristas que entregaram o pré-aviso de greve reúnem-se hoje em vários plenários com os seus associados, para discutir "assuntos importantes do mundo laboral".
De acordo com Pardal Henriques, os plenários agendados para a manhã e tarde de hoje são a "última oportunidade" para a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias apresentar uma proposta que cancele a greve.
Em resposta, o primeiro-ministro convocou, também para este sábado, um gabinete de crise no qual vão estar presentes os ministros do Trabalho, do Ambiente, dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna e da Defesa. O secretário de Estado das Infraestruras também estará presente em representação do ministro Pedro Nuno Santos.
A reunião terá início às 10h00 em São Bento, na residência oficial do primeiro-ministro.