O vice-presidente e porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pardal Henriques, voltou a pronunciar-se sobre o inquérito de que é alvo por parte do Departamento de Investigação e Ação Penal. O representante do sindicato mantém a estranheza relativamente a este inquérito, já que ainda não foi notificado.
"Acho impressionante o que aconteceu. Em abril, um órgão de comunicação social veiculou que existia uma hipotética queixa contra mim sobre uma hipotética burla que, pelo menos da minha parte, nunca aconteceu. Dirigimo-nos ao DIAP nessa altura para nos esclarecer se existia alguma queixa, e o DIAP respondeu a dizer que não existia queixa nenhuma", começou por afirmar.
O inquérito já foi confirmado pela Procuradoria-Geral da República, o que leva Pardal Henriques a dizer que alguém está a mentir. "Acho impressionante como é que os órgãos de comunicação social sabem sobre uma queixa ainda antes de eu ser notificado. Das três uma: ou o DIAP estava a mentir, ou a PGR está a mentir ou os órgãos de comunicação social estão a mentir", acrescentou, antes de falar noutra possibilidade.
"Existe ainda uma quarta hipótese que é a de haver uma campanha montada para tentar afastar o essencial e tentar desviar a atenção das pessoas para outras coisas que não têm nada a ver com o problema dos motoristas", salientou Pardal Henriques.
Quando os jornalistas lhe perguntaram se esta investigação poderia colocar em causa as negociações relativas à greve dos motoristas, o porta-voz do sindicato foi claro. "Não, de maneira nenhuma", assegurou Pardal Henriques. "Acho que é muito mais importante a mensagem do que o mensageiro", concluiu.
[Notícia atualizada às 12h14]