Número de postos que pertencem à rede REPA exclusiva vai ser reduzido

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, fez um novo balanço da greve dos motoristas, que entrou esta sexta-feira no quinto dia, aproveitando para enaltecer o “enorme civismo dos portugueses durante esta greve”. O governante anunciou ainda que a rede de postos de abastecimento prioritário será reduzida para metade.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
16/08/2019 12:58 ‧ 16/08/2019 por Notícias Ao Minuto com Lusa

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greve dos motoristas

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, revelou, em conferência de imprensa esta sexta-feira ao final da manhã, que o número de postos que pertencem à rede REPA exclusiva, onde apenas podem abastecer veículos prioritários, vai ser reduzido.

"Vamos reduzir ainda hoje de tarde o número de postos que pertencem à rede REPA exclusiva, isto é, os 52 postos no continente [...] Até ao final do dia de hoje esses 52 passarão a 26. Vão ser reduzidos para metade”, referiu o governante.

“Mantêm-se 26 postos REPA exclusivos no país e estes localizam-se, essencialmente, nas zonas onde existe risco de incêndio”, acrescentou o ministro.

Em Beja, Braga, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria e Vila Real haverá um posto de REPA exclusivo que passa a REPA normal, ou seja, onde a população geral poderá abastecer, com um limite de 15 litros.

Em Aveiro, Faro e Santarém haverá dois postos REPA exclusivos a passar a REPA normal. Já em Setúbal, serão três os postos REPA exclusivos a passar a normal, quatro no Porto e seis em Lisboa.

João Pedro Matos Fernandes quis ainda “enaltecer o enorme civismo dos portugueses durante esta greve”. O ministro agradeceu ainda "às forças de segurança – à GNR e à PSP -, aos três ramos das Forças Armadas pela sua enorme disponibilidade e profissionalismo ao longo destes dias, porque têm sido dias difíceis".

O ministro disse também que foram hoje notificados pela GNR 12 motoristas que não estavam a cumprir a requisição civil. “Assim que foram notificados, todos eles foram trabalhar”, disse ainda. 

Recorde-se que a greve dos motoristas de matérias perigosas prossegue, tendo entrado esta sexta-feira no quinto dia, e já depois de um dos dois sindicatos que convocaram a paralisação ter desconvocado o protesto.

A decisão do SIMM surgiu perto das 23h00 de quinta-feira, na sequência de uma reunião no Ministério das Infraestruturas, gabinete onde se encontravam também dirigentes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).

"Chegámos à conclusão de que esta greve não surtiu os efeitos que desejávamos", disse Anacleto Rodrigues, porta-voz do SIMM.

Esta posição do SIMM deixou o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas sozinho no protesto, depois de esta estrutura sindical ter pedido na quinta-feira a mediação do Governo para chegar a um entendimento com a ANTRAM. Não obstante, o presidente do sindicato, Francisco São Bento, reiterou, na manhã desta sexta-feira, a intenção de manter a greve, apelando aos motoristas: "Não se deixem vergar, estamos aqui duros como o aço".

O Governo, refira-se ainda, começou por anunciar que iria nomear um mediador para tentar terminar o conflito, mas, horas depois, disse que o processo de mediação não era viável.

ANTRAM, por seu turno, reiterou na quinta-feira que, se os sindicatos desconvocarem a greve, aceita reunir-se com aquelas estruturas.

Na segunda-feira, ao final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

 

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