"Temos trabalhado em guias lexicais [português-chinês] para a área da saúde, contabilidade e auditoria (...) e agora está para breve a apresentação pública do guia lexical para o jornalismo e para a administração", avançou, em entrevista à Lusa, Joaquim Coelho Ramos.
"A muito breve prazo, estamos a falar de uma semana, semana e meia, [será divulgado] um para o setor do turismo", indicou o responsável da instituição que assinala 30 anos esta quinta-feira.
Joaquim Coelho Ramos esclareceu que os guias "já estão produzidos, falta a data da apresentação pública".
O investimento na produção destes guias, com termos contextualizados, mas também expressões e por vezes frases focadas em temas e áreas de trabalho específicas, são importantes no âmbito da "aplicação no terreno" da língua portuguesa e no "desenvolvimento pessoal entre os professores e os alunos", acrescentou.
A atenção ao produto final, de uma forma muito pragmática, está ilustrada num detalhe, assinalou: "o guia lexical para a saúde foi impresso num tamanho que permite ser guardado no bolso da bata de um médico".
Outra área de trabalho na qual o IPOR se tem focado "é na produção de materiais didáticos, na bibliografia e no digital", assegurou.
A justificação destas apostas do IPOR é simples, concluiu: "As pessoas estão a olhar para a língua portuguesa como um instrumento pragmático, de ação direta no mercado".
O IPOR conta com 27 funcionários a tempo inteiro que, com o apoio de algumas colaborações, procuram assegurar a vocação prioritária de promover o ensino da língua portuguesa, com uma vertente complementar focada na ação cultural.
Fundado em 19 de setembro de 1989 pela Fundação Oriente e pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, o IPOR exerce a atividade, além de Macau, em países como o Vietname, Tailândia e Austrália, estando para breve a concretização também de projetos em Pequim e Chengdu (China) e Nova Deli (Índia).