Segundo o despacho de acusação o MP , Paulo Lemos, conhecido por fechaduras, e Fernando Guimarães, são os dois arguidos ilibados.
O MP explica que não existem indícios suficientes que permitam deduzir e sustentar uma acusação contra Fernando Guimarães uma vez que não seria provável só com a prova reunida a obtenção de uma condenação pelos crimes de tráfico e outras atividades ilícitas, nomeadamente associação criminosa.
Já no que se refere a Paulo Lemos "Fechaduras", o MP adianta que os atos de execução que praticou não são puníveis, lembrando que este se arrependeu e contou aos inspetores o que se tinha passado e as informações que dispunha.
Nove dos 23 arguidos no caso do furto e da recuperação das armas do paiol de Tancos são acusados do crime de terrorismo, segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP).
O MP acusou hoje 23 pessoas, entre elas o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes, no caso do furto e da recuperação das armas do paiol da base militar de Tancos.
Os arguidos são acusados de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
O caso abalou as forças armadas, levou à demissão de Azeredo Lopes em 2018 e a polémica em torno do furto, tornado público pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, subiu de tom depois da aparente recuperação do material na região da Chamusca, no distrito de Santarém, em outubro de 2017, numa operação da Polícia Judiciária Militar (PJM).
Nove dos 23 arguidos foram hoje acusados pelo Ministério Público de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.