"Há tempos assim: nublados, tristes, gritantemente silenciosos", começa por referir o ex-primeiro-ministro (2001 a 2016) e ex-líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), numa mensagem colocada na sua conta oficial na rede social Facebook, na quinta-feira, depois de conhecida a morte do antigo governante e fundador do partido português CDS.
"Faleceu um grande amigo, Professor Doutor Freitas do Amaral, um académico brilhante, um político distinto e um estadista de elevado gabarito", lê-se na mensagem de José Maria Neves.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim, no distrito de Porto, em 21 de julho de 1941. Foi presidente do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974.
Freitas do Amaral fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992, tendo exercido as funções de vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.
Precisamente nas funções de chefe da Diplomacia portuguesa, Freitas do Amaral assumiu papel preponderante na definição da Parceria Especial entre a União Europeia e a República de Cabo Verde, que seria assinada em 10 de julho de 2007.
"Um grande amigo de Cabo Verde, deu um inestimável contributo, desde o primeiro momento, para a Parceria Especial Cabo Verde-União Europeia", sublinhou José Maria Neves.