Resultado de um investimento de cerca de um milhão de euros da Câmara de Valongo, o concelho do distrito do Porto passará a ser, segundo o presidente José Manuel Ribeiro, o primeiro do "país a ter salas do futuro em todas as escolas do 1.º Ciclo".
Com dez turmas, duas do pré-escolar e oito do 1.º Ciclo, abrangendo cerca de 230 alunos da escola, a escola de Ermesinde foi a primeira a arrancar com um novo modelo de ensino, verificado através de um painel interativo, 'kit' robótico, 'tablets' e impressora 3D.
"A ideia será que todos os professores e alunos consigam usufruir desta sala de aula mais do que uma vez por semana, pois menos do que isso seria um desperdício de recursos", explicou a coordenadora da escola, Alexandra Azevedo, no final de uma inauguração em que foi possível ver de que forma a sala funciona.
Dando conta da "motivação de alunos e professoras" para o novo projeto, a responsável confirmou que os docentes "irão ter formação" para estarem aptos a trabalhar naquela nova realidade.
O diretor do agrupamento de escolas São Lourenço, José Miguel Marques, enfatizou à Lusa o facto de para os "alunos ser importante perceber que as novas tecnologias não são apenas jogar ou ouvir música, mas também um grande auxílio para a sua aprendizagem".
Em dia de inauguração, José Manuel Ribeiro anunciou que o esforço da autarquia não ficará pelo 1.º Ciclo, informando que "ao milhão de euros aplicados não só na instalação das salas do futuro, mas também nos serviços de apoio e construção de 24 parques infantis, serão aplicados mais uns milhares nas escolas secundárias".
"Nós assumimos as competências no âmbito da descentralização de passar a gerir, também, as escolas do ensino secundário, pelo que ao longo deste ano [letivo] vamos instalar em cada uma delas uma sala do futuro, com exatamente o mesmo equipamento: mobiliário, painel interativo, 'kit' robótico, 'tablets' e impressora 3D. É um investimento de mais 70 ou 80 mil euros, mas ficamos com todos os níveis de ensino com a possibilidade de trabalhar neste contexto de aprendizagem", declarou.
O autarca justificou ainda o investimento por entender que "não se pode continuar a desperdiçar talento num país onde há pouco mais de 60 salas do futuro" e pediu aos diretores e professores que "agarrem esta oportunidade".