PS será o menos sectário e o mais flexível na esquerda plural

O dirigente socialista Porfírio Silva traçou hoje linhas de demarcação ideológicas entre PS e direita, afirmou que o seu partido será o menos sectário e advertiu as forças à sua esquerda que terão de mostrar abertura.

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Lusa
30/10/2019 16:38 ‧ 30/10/2019 por Lusa

País

Porfírio Silva

 

Porfírio Silva falava em plenário, na Assembleia da República, no período da tarde do primeiro de dois dias de debate do programa do XXII Governo Constitucional, num discurso em que também atacou a intervenção da manhã feita pelo presidente do PSD, Rui Rio.

O membro do Secretariado Nacional do PS e vice-presidente da bancada socialista distinguiu os socialistas das forças à sua direita do ponto de vista ideológico, recusando então uma via de sociedade individualista com preconceitos contra o Estado e defendendo em contraponto o papel das políticas públicas em matérias como a educação, a saúde e a inclusão social.

"Não confundimos Estado social com assistencialismo. Estado social é para todos e não apenas para os mais carenciados", declarou.

Neste contexto, falou depois na "esquerda plural" e disse que, pela sua parte, "o PS honrará as suas responsabilidades próprias de assumir e fazer frutificar o património dos últimos quatro anos".

"Esperamos dos nossos parceiros, nada mais e nada menos, um empenhamento tão nítido como o nosso", referiu.

Mas Porfírio Silva foi mais longe nos recados que dirigiu às bancadas à sua esquerda, assegurando que "o PS não se equivocará na escolha dos parceiros".

"Para prosseguir o rumo, sabemos que temos de ser os menos sectários de todos - e de todos os mais flexíveis a negociar com os olhos postos nos resultados a alcançar mais do que nas diferentes posições de partida", afirmou.

Na sua intervenção, o membro do Secretariado Nacional do PS reagiu também ao discurso esta manhã proferido por Rui Rio, designadamente quando o líder social-democrata se insurgiu contra os custos associados ao atual executivo de António Costa.

"Tentou apanhar uma boleia das fake news das últimas semanas. Entra nesta legislatura a lamentar os custos da democracia quando devia mesmo era preocupar-se com os custos da falta de democracia, do autoritarismo e da presunção de autossuficiência", criticou.

De acordo com Porfírio Silva, o país "não pode contar com esta direita para dar um rumo consistente à governação e às políticas públicas".

"Temos de contar com todos aqueles que sabem que, a partir das suas diferenças e convergências, importa dar continuidade ao rumo iniciado em 2015. Temos de mostrar aos portugueses que sabemos quanto vale a estabilidade política e social", acrescentou.

 

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