Campanha da McDonald’s Portugal gerou revolta nas redes sociais

A campanha 'Sundae Bloody Sundae' fez uma referência inadvertida a um massacre na Irlanda do Norte e não passou despercebida.

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© Onakage/Twitter

Fábio Nunes
31/10/2019 18:56 ‧ 31/10/2019 por Fábio Nunes

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McDonald's

Uma campanha promocional da McDonald’s Portugal a pensar no Halloween chegou além-fronteiras, mas pelos piores motivos. A campanha intitulada ‘Sundae Bloody Sundae’ oferece um sundae na compra de outro e inspirou-se na célebre música dos U2 ‘Sunday Bloody Sunday’, mas inadvertidamente a McDonald’s Portugal fez uma referência a um dos piores massacres na Irlanda do Norte, no qual morreram 13 pessoas, e que originou o título da música dos U2.

Um cliente viu a campanha num McDonald’s em Cascais e tirou uma fotografia que começou a circular nas redes sociais. A campanha gerou uma onda de críticas, segundo a Sky News.

Um utilizador considerou a campanha “terrível” e outro sugeriu que a McDonald’s devia “procurar no Google Bloody Sunday e sobre o que trata a música dos U2”.

“Odeio fazer-te isto McDonald’s mas ‘Sunday Bloody Sunday’ é na realidade sobre um massacre que aconteceu em Derry em 1972”, escreveu outra pessoa.

A reação negativa à campanha levou a um pedido de desculpas por parte da McDonald’s.

“Durante a promoção do seu gelado de Halloween, a McDonald’s Portugal desenvolveu uma campanha para o mercado local para um pequeno número dos seus restaurantes. A campanha deveria ser uma celebração do Halloween, não uma referência insensível a um evento histórico ou para chatear ou insultar alguém. Pedimos desculpas por qualquer ofensa ou angústia que tenha causado. Todos os materiais promocionais foram retirados dos restaurantes”, disse uma porta-voz da McDonald’s.

O dia 30 de janeiro de 1972, um domingo, foi um dos mais negros na história da Irlanda do Norte, tendo ficado conhecido como Bloody Sunday (Domingo Sangrento). O exército britânico abriu fogo sobre manifestantes que participavam numa marcha por direitos civis. 13 pessoas morreram e 15 ficaram feridas. 

Só em 2010 o governo britânico pediu desculpa pelo massacre. David Cameron, então primeiro-ministro do Reino Unido, deslocou-se a Derry para pedir desculpas. 

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