DGS desaconselha uso de cigarros eletrónicos por doença pulmonar grave

Entidade alerta os consumidores para estarem atentos a sintomas como tosse, falta de ar, dor no peito, febre, calafrios, vómitos, dor abdominal ou diarreia.

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Natacha Nunes Costa
05/12/2019 20:07 ‧ 05/12/2019 por Natacha Nunes Costa

País

Tabaco aquecido

Depois dos casos de doença pulmonar grave, "incluindo mortes", registadas desde agosto deste ano nos Estados Unidos e que "estão associadas à utilização de cigarros eletrónicos", e de "casos semelhantes" estarem em investigação "no Canadá, Filipinas, Bélgica, e na Suécia", a Direção Geral de Saúde (DGS) e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) decidiram fazer uma recomendação (séria) aos fumadores, em linha, aliás, com o que tem sido discutido e definido na Comissão Europeia.

Se é verdade que existe "uma grande diversidade de líquidos utilizados em cigarros eletrónicos, com e sem nicotina, e com diferentes tipos de aromas, no mercado", é também certo que, refere a DGS, "o acetato de vitamina E, o canabidiol e outros derivados de canábis e o diacetil parecem ser substâncias associadas a estas lesões pulmonares".

Por este motivo, e apesar de admitir que a investigação destes casos ainda não está concluída, a DGS e o SICAD informam que "não existem cigarros eletrónicos nem produtos de tabaco seguros, nomeadamente tabaco aquecido, [ambos] apresentam riscos para a saúde e não devem ser consumidos".

Cigarros eletrónicos, "com ou sem nicotina, nunca devem ser usados, particularmente por jovens, jovens adultos ou mulheres grávidas", alerta a DGS, acrescentando que "devem ser mantidos fora do alcance de crianças".

Se é fumador de cigarros eletrónicos fique particularmente atento, e procure "um médico imediatamente se desenvolver os seguintes sintomas: tosse, falta de ar, dor no peito, febre, calafrios, náuseas, vómitos, dor abdominal ou diarreia. [Estes] sintomas podem desenvolver-se ao longo de alguns dias, ou ao longo de várias semanas".

Mas se está a tentar deixar de fumar com os cigarros eletrónicos, o ideal, sublinha a DGS e o SICAD, é mesmo "não voltar a fumar" e "avaliar todos os riscos e benefícios, e considerar a utilização de terapêuticas de substituição de nicotina aprovadas pelo INFARMED, ou procurar apoio junto do seu médico ou de uma consulta de apoio à cessação tabágica".

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