"Estão já em marcha medidas que visam reverter o longo ciclo de desinvestimento nas Forças Armadas" disse João Gomes Cravinho, reconhecendo que "urge garantir os efetivos" para assegurar a sua missão.
O governante falava durante a cerimónia de juramento de bandeira no Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea na Ota, Alenquer, no distrito de Lisboa, presidida pelo Presidente da República.
Para o ministro da Defesa Nacional, é preciso "entender as expectativas de quem já integra as FA para reter mais e melhor e para potenciar ao máximo as suas valências ao serviço de todos os portugueses".
Por outro lado, considerou, é necessário "sensibilizar os portugueses" dando a conhecer a realidade da vida militar e valorizando a sua ação.
Na cerimónia, o Presidente da República sublinhou a importância do juramento de bandeira no percurso dos 150 recrutas, dos quais 31 do curso de Formação de Oficiais, 23 do curso de Formação de Sargentos e 96 do curso de Formação de Praças.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou ainda a importância da missão das Forças Armadas para "salvar e perpetuar" Portugal.
O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, António Mota, alertou que o número de efetivos militares registado no terceiro trimestre do ano é o mais baixo da década, situando-se nos 25.580 em setembro.
"A situação está a agravar-se e já ultrapassou todas a linhas vermelhas. O ano de 2019, até ao fim do terceiro trimestre, mostra que se trata do pior ano dos últimos dez anos sendo que ainda faltam os dados do quarto trimestre", disse à Lusa o tenente-coronel António Mota da Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA).
De acordo com os mapas elaborados pela AOFA, compilando os números da Direção-Geral da Administração e Emprego Público relativos a 27 de setembro, havia 25.580 efetivos nas fileiras nesse mês, o número mais baixo registado desde 2011. A título de exemplo, em março último, registavam-se 25.846 efetivos e em dezembro de 2018, 26.800.