O Comando Territorial de Portalegre da GNR indicou, em comunicado, que o homem foi detido na quinta-feira, através do Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE).
Segundo o comunicado, "no âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito exercia violência física e psicológica contra a vítima".
No seguimento da ação, adiantou a GNR, foi dado cumprimento a um mandado tendo o suspeito sido detido.
O homem, acrescentou a Guarda, foi presente na sexta-feira ao Tribunal Judicial de Fronteira, também no distrito de Portalegre, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de "prisão preventiva, proibição de contacto, por qualquer meio, com a vítima e proibição de uso e porte de arma".
Relacionado com este caso, num comunicado de hoje da Procuradoria da República da Comarca de Portalegre, o Ministério Público (MP) revelou que apresentou, na sexta-feira, a primeiro interrogatório judicial "um arguido indiciado da prática de dois crimes de violência doméstica agravado".
"O arguido e a vítima separaram-se em setembro de 2024, depois de 20 anos de vida em comum", adiantou o MP.
Segundo o MP, "na sequência de uma crescente situação de desavenças e discussões, a vítima foi obrigada a abandonar a habitação, levando consigo as duas filhas".
"Já depois da separação, o arguido, inconformado com a mesma, por diversas vezes, entrou em contacto, quer de forma presencial, quer através de telefonemas e mensagens insistentes, com a ofendida, insultando-a e ameaçando-a, sempre com o intuito de controlar a sua vida pessoal", acrescentou o MP.
A investigação, dirigida pelo Ministério Público de Fronteira, está a cargo do Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas da GNR.
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