Adepto do Porto e casado com argelina. Amigos choram morte de português

Chegou a Mulhouse em 1992 e vivia atualmente no centro da cidade, não muito longe do mercado coberto onde ocorreu o ataque em que morreu como um "valente".

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© João Soares/Facebook

Notícias ao Minuto
24/02/2025 09:01 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

País

França

O português Lino Sousa Loureiro, de 69 anos, morreu no fim de semana, depois de intervir num ataque terrorista em Mulhouse, França, e os amigos e familiares expressam tristeza e "choque" pela sua partida, recordando-o como uma "grande pessoa". 

 

À BFMTV, Armindo Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Mulhouse, descreveu-o como um homem extremamente bondoso. 

"Estamos francamente muito tristes. Ele não merecia isto", lamentou. 

Lino era um membro ativo da associação desde a sua chegada a Mulhouse, em 1992, e os dois homens conheciam-se bem. "Discutíamos frequentemente futebol juntos, tínhamos o mesmo clube", lembrou. 

Já o facto de Lino ter intervindo no ataque não o surpreende. "Era uma pessoa muito boa, honesta, sincera e íntegra. Era uma pessoa que respeitava os outros e gostava de ser respeitado", frisou. 

"Nunca tinha uma palavra fora do sítio. Nunca o ouvi discutir com ninguém", acrescentou, falando num "choque". 

Segundo a estação francesa, um dos filhos de Lino também se manifestou nas redes sociais. "É difícil, é muito difícil. Espero que ele não tenha sofrido muito", escreveu. 

Já a RTL destaca que na referida associação, todos aqueles que são clientes habituais se mostraram emocionados.  Na tarde de sábado, antes de cruzar com o atacante, Lino esteve na associação, como de costume, para jogar snooker, mas o seu habitual parceiro não estava lá e o português saiu em direção ao mercado onde tudo aconteceu. 

Além de gostar de jogar snooker, o emigrante, natural de Ermesinde, também gostava de servir cervejas e de apoiar o FC Porto. Era casado com uma argelina, tinha filhos, e estava reformado, após uma carreira no setor da construção civil.

Este pedreiro do Porto, casado com uma argelina, estava sempre lá para dar uma mão , jogar bilhar, servir cervejas ou apoiar o FC Porto

Recorde-se que o português foi identificado como Lino Sousa Pereira pelo socialista João Soares. O político português, que divulgou dados fornecidos pelo Grupo Cultural e Folclórico dos Portugueses de Mulhouse, divulgou ainda uma fotografia da vítima nas redes sociais. 

"A imagem e o nome do português valente cuja memória devemos honrar. Chamava-se Lino Sousa Loureiro e vivia em Mulhouse a cerca de quinhentos metros do local onde foi assassinado", adiantou.

No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha confirmado a morte de um cidadão português no ataque que ocorreu junto a um mercado em Mulhouse e disse tratar-se de um emigrante natural de Ermesinde, que residia em França desde 1992.

"Vítima heroica". Português morto em ataque lembrado em Mulhouse

Lino Sousa Loureiro, de 69 anos, residia em França desde 1992 e morreu após tentar intervir num ataque terrorista, em Mulhouse.

Notícias ao Minuto | 16:03 - 23/02/2025

O principal suspeito do ataque, um argelino de 37 anos, foi detido pouco depois do ataque na posse da faca com a que matou o português e feriu pelo menos três agentes da polícia municipal, enquanto gritava "Allah Akbar" ("Alá é grande").

Três outras pessoas estão atualmente sob custódia policial, adiantou a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat), que está a investigar. 

Autor do ataque que matou português em preventiva. Imigração discutida

Autor do ataque que matou português em preventiva. Imigração discutida

O presumível autor do ataque fatal de sábado em Mulhouse, em França, um argelino ilegal, detido pouco depois do ataque, está em prisão preventiva, enquanto o Governo francês convocou um conselho interministerial sobre o controlo da imigração para quarta-feira.

Lusa | 11:56 - 23/02/2025

Leia Também: "Vítima heroica". Português morto em ataque lembrado em Mulhouse

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